Monday, September 23, 2024

Origem

 1° Capítulo do Livro "Parazinho" de João Victor Mascarenha





    Conta-se que um navio cargueiro partiu de Pernambuco com destino ao Ceará. Após alguns dias, formou-se um terrível temporal que levou a embarcação ao pique nas proximidades do litoral da Zona Norte do Ceará. Apenas três tripulantes escaparam do desastre.

    Os náufragos, aterrorizados pelo medo devido estas fragas serem na época ocupadas por mata-virgem, nativos e animais selvagens, pediram a Virgem Maria um livramento da morte quase certa e uma benfazeja naquele momento em que estavam em terras desconhecidas, prometendo construírem uma igreja no local onde encontrassem “pessoa mansa” que lhes oferecessem ajuda.

   Seguiram mata adentro, margeando um riacho; depois de muito andarem, subiram uma colina para melhor se orientarem sobre a geografia local. Ali resolveram repousar à sombra de um robusto Juazeiro. Enquanto repousavam sob o Juazeiro, escutaram o som de um cachorro latindo nas proximidades do local em que estavam.

    Ao irem ao local, encontraram um nativo que estava “cavando” um tatu, este os deu pouso e comida. No local do encontro dos náufragos com o nativo-caçador, construíram uma Ermida, que é hoje a Igreja Primaz de Parazinho, atualmente a mesma é popularmente chamada de Igreja Velha ou Educandário. 

   O Riacho que margeavam deu nome à Parazinho e que atualmente é o açude, barrado pela primeira vez em 1892 e depois em 1916-17. O local do Juazeiro onde os náufragos se abrigaram é onde hoje é o altar onde se celebram os atos religiosos na Festa da Padroeira, na praça junto ao Santuário.



Obs: Todos os direitos reservados ao autor do livro, João Victor de Oliveira Mascarenha. 

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